Oitis

Aqui no Memorial quando chega essa época do ano, o oitizeiro fica carregado e os frutos caem em uma quantidade tão grande que por mais que a gente limpe, sempre tem uns amarelinhos de cheiro forte no chão (até mudei o lugar que estaciono meu carro pelo risco de levar uma oitizada no capô ou no vidro).

Não sei se vocês conhecem essa fruta mas é um trocinho ovalado, do tamanho de uma cajarana, amarelo e que tem um cheiro forte que me lembra pequi. Não conheço ninguém que coma o tal oiti, além de Jorge, rapaz que faz serviços gerais aqui no museu e garante que o fruto tem gosto de jaca.

Certa feita ganhei um livro muito bacana de tia Paloma: “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil”.  Por desencargo de consciência resolvi pesquisar pra ver se lá estava o bendito oiti e se encontrava alguma luz do que fazer com a enorme safra que se acumulava no jardim. O que eu buscava estava na página 305… 3 receitas utilizando o fruto.

Subi até a lojinha e convenci D. Guida (quando vierem ao Memorial, tirem um tempo pra conversar com ela, vocês não vão se arrepender) a preparar a receita que me pareceu mais apetitosa: um bolo. Corri ao jardim para catar os frutos maduros e fornecer assim a matéria prima (pra facilitar).

Ela prometeu que na terça-feira teremos a iguaria prontinha para degustação. Reza a lenda que o acepipe fica parecido com um bolo de chocolate e além de gostoso é bastante nutritivo. Vamos servir com um cafezinho. Mantenho vocês informados.

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